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Você sabe o que é Pé Diabéticos?

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não utiliza de forma adequada a insulina que produz. A insulina é um hormônio regulador da glicemia (taxa de açúcar no sangue) e o efeito do diabetes não controlado é a hiperglicemia (aumento dessa taxa de açúcar no sangue).
Denomina-se PÉ DIABÉTICO qualquer alteração ou complicação aguda (recente) ou crônica (de longa data) nos pés do diabético, atribuídas à hiperglicemia crônica.  Com o passar do tempo, a hiperglicemia prejudica gravemente o organismo, levando a uma série de alterações dermatológicas, neurológicas, ortopédicas e vasculares. Alterações como calos, rachaduras, espessamento das unhas, micoses, deformidades ósseas, feridas de difícil cicatrização, infecções e, nos casos graves, até a gangrena.                   
Os pés merecem atenção especial e cuidados diários, pois é o segmento do corpo que sustenta e distribui todo o peso do organismo. Em condições normais, suporta sem lesões as cargas nele impostas e mantém o equilíbrio de todo o corpo quando as suas estruturas estão íntegras (pele, ossos, músculos, articulações, nervos, artérias, veias, capilares e linfáticos). As modificações nos pés causadas pelas alterações neuro-vasculares prejudicam a independência e o trabalho, podendo causar incapacidade física, invalidez precoce, e muitas vezes, levar a amputações.
A maioria dos indivíduos que apresentam algum grau de alteração neurológica (formigamentos, câimbras, diminuição da sensibilidade) ou alteração circulatória (diminuições da pulsação arterial e da temperatura, ou ainda, palidez nos pés) podem desenvolver feridas de difícil cicatrização e que geralmente são desencadeadas pelo uso de calçados inadequados ou simplesmente andando descalço pela casa.

Prevenção:
De qualquer forma, é importante que o diabético cuide diariamente de suas unhas e da pele dos pés, lavando-os com sabonetes suaves, enxugando cuidadosamente entre os dedos com toalhas macias, hidratando-os após os banhos, aparando as unhas retas (ou lixando-as) sem retirar as cutículas. Se houverem calos ou rachaduras, consulte um podólogo mensalmente para o tratamento adequado. O paciente deve fazer a inspeção diária dos pés e dos dedos, incluindo a planta do pé e a região entre os dedos a procura de ferimentos e micose interdigital, lesões frequentes que possibilitam a penetração de bactérias nos pés. A inspeção pode ser feita com o auxílio de um espelho para a melhor visualização da região plantar ou com a ajuda de outra pessoa, caso o próprio paciente tenha alguma dificuldade visual, algo muito comum entre diabéticos que tem maior chance de desenvolver retinopatia. O calçado para o diabético tem de ser escolhido com alguns critérios. Os sapatos ideais devem ser largos, macios e sem costuras internas ou qualquer ponto que possa gerar atrito entre a pele e o próprio sapato. Ao mesmo tempo é preferível que sejam fechados, de forma a proteger mais os pés, e um pouco mais altos internamente de forma a acomodar palmilhas que se adaptem melhor as deformidades nos pés, situação infelizmente não infrequente entre os diabéticos com neuropatia. Andar descalço ou com sandálias sem algum tipo de mecanismo de fixação eficiente é um risco de ferimento que será proporcional ao grau de insensibilidade, algo que muitas vezes passa desapercebido ou é menosprezado pelo portador da doença.

Diagnóstico:
Peça para seu médico examinar seus pés em todas as consultas.
 
Consequência do problema:
A diabetes pode levar a amputação dos pés ou pernas.

 

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