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O que é Trombose Venosa Profunda

A trombose venosa, por definição, é a presença de um coágulo dentro de uma veia. Pode ser superficial, quando o coágulo está em uma veia no subcutâneo (embaixo da pele) ou profunda quando a veia acometida está no meio dos músculos das pernas ou dentro da barriga. O local profundo mais acometido são as pernas e o superficial os braços. Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano.

A formação deste coágulo dentro da veia ocorre por alguns fatores como lesão endotelial (da parede interna da veia), dificuldade do sangue circular (estase) e, o aumento da viscosidade sanguínea (sangue mais grosso

 

SINTOMAS

Como é feito o diagnóstico da TVP?
A maioria das tromboses venosas na sua fase inicial não apresentam sintomas (são assintomáticas), muitas vezes o primeiro sinal de que a pessoa está com trombose venosa é a embolia pulmonar (em alguns casos o trombo inteiro ou um fragmento dele se desprende e “viaja” na circulação venosa até atingir o pulmão, provocando falta de ar e até a morte). Como o local mais frequente das tromboses venosas são as pernas o paciente pode apresentar: inchaço, dor no músculo, musculatura endurecida, diferença de volume de uma perna em relação à outra, pé um pouco arroxeado e, às vezes, perna mais quente. O diagnóstico clínico é extremamente difícil, quando há suspeita desta doença há a necessidade da realização de exames complementares.
Para a confirmação, o ultrassom vascular é o exame de escolha.
 

CAUSAS

Quais são os principais fatores envolvidos no desenvolvimento da TVP?
Idade: os indivíduos acima de 40 anos apresentam um aumento significativo de trombose venosa profunda em relação aos mais jovens, havendo um risco ainda maior à partir dos 60 anos.
Imobilidade ou mobilidade reduzida: quando a capacidade de se mobilizar está reduzida ou totalmente incapaz
História prévia de trombose venosa profunda
História familiar de trombose venosa: o histórico familiar positivo para trombose venosa profunda por si é um fator de risco
Presença de varizes de membros inferiores: este fator isoladamente é considerado de baixo risco para desenvolvimento de trombose venosa.
Obesidade: estudos recentes evidenciaram um risco aumentado do desenvolvimento de trombose venosa profunda em paciente com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 Kg/m2, circunferência abdominal maior que 102 cm nos homens e 88 cm  nas mulheres, sempre quando associado a um outro fator de risco.
Lesão na medula: nesta condição o risco está aumentado principalmente nos 3 primeiros meses após o trauma, pelo imobilismo causado pela perda dos movimentos dos membros acometidos.
Traumatismos graves
Uso de hormônios e gravidez: a ocorrência de trombose venosa em mulheres jovens é de 1 a 3 casos por 10.000/ano, aumentando o risco em 4 vezes nas pacientes que fazem uso de estrógeno de baixa dose de terceira geração e em 3 vezes nas que fazem uso de estrógeno de baixa dose de segunda geração. Este risco está aumentado principalmente no primeiro ano do início da medicação e pode ser potencializador diante de outras condições de risco como cirurgias, trombofilias e imobilidade. Na terapia de reposição hormonal com estrógeno o risco é 2 a 4 vezes maior nas mulheres que usam este método em comparação das pacientes que não fazem o seu uso, principalmente em mulheres com história prévia de trombose venosa.
Na gravidez o risco varia de 0,76 a 1,72 casos a cada 1.000 gestações, aumentando o risco no terceiro trimestre e principalmente no período pós-parto até 40 dias (período do puerpério). Este risco geralmente está associado a algum tipo de trombofilia, podendo ter como risco adicional idade maior que 35 anos, longa permanência no leito, multiparidade e parto cesárea.
Condições cirúrgicas: pacientes que serão submetidos a cirurgias ortopcirurgias relacionadas a câncer abdominais, pélvicas e torácicas tem risco aumentado para o desenvolvimento de trombose venosa mesmo após a alta hospitalar, podendo este risco permanecer meses após a cirurgia.
Condições clínicas: infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva classe funcional grau III e IV, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, acidente vascular cerebral (derrame cerebral), internações em unidade de terapia intensiva, presença de cateteres venosos centrais são condições que, por vários fatores aumentam o risco de desenvolvimento de trombose venosa.
Câncer e quimioterapia: o desenvolvimento da trombose venosa profunda está mais frequentemente relacionado a cânceres de mama, cérebro, pulmão, pâncreas e intestino, sendo o risco de morte maior nos pacientes com esta associação dos que apresentam câncer sem apresentarem trombose venosa
Viagens prolongadas: Este risco não está somente relacionado a viagens de avião, podendo ocorrer também quando há imobilismo prolongado em carro, ônibus ou trem.
Condições congênitas e adquiridas que facilitam a formação de coágulos (trombofilias): alterações hereditárias nos fatores de coagulação que predispõe os pacientes a ter trombose.

 

TRATAMENTOS

 

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