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Escleroterapia com “ESPUMA “, esclareça suas dúvidas!
Ultimamente a esclerose com espuma tem sido abordada na mídia de diversas formas e ainda está em fase de credenciamento para realização pelo Sistema único de Saúde, o SUS.
Realmente é uma opção de tratamento, e quando bem indicada, possui muitos benefícios. Mas assim como todo procedimento, também apresenta riscos.
A espuma de polidocanol foi inicialmente, estudada como anestésico, porém demonstrou-se mais eficaz em fechar veias do que para anestesiar. Mas esse efeito anestésico fraco traz o benefício de ser uma substância praticamente indolor ao ser injetada.
O polidocanol é um detergente que quando agitado forma espuma, de modo que ocupa todo o espaço do vaso. Ao preencher o vaso, a espuma de polidocanol causa destruição do endotélio levando a trombose química localizada.
Essa trombose química pode evoluir com a recanalização ou com a fibrose do vaso, que é o resultado desejado. Ao fechar o vaso, fecha-se as varizes.
“Apesar de possuir resultados animadores, ser relatado como ‘Mágica” por alguns pacientes, as desvantagens em relação ao uso da espuma incluem a recanalização dos vasos (quando volta a circular) presente em cerca de 16% dos casos, manchas escuras (hiperpigmentação) em torno de 20 a 30 % dos casos. Risco de trombose venosa e embolia pulmonar em torno de 1 %. Já houve descrição de óbito por embolia pulmonar após esclerose com espuma.
Mas então quando indicar?
A técnica da espuma é muito eficaz em pacientes de alto risco cirúrgico, nos pacientes que já possuem manchas nas pernas por úlceras cicatrizadas, como adjuvante para cicatrização de úlceras de perna, sempre com ampla explicação da reação posterior a sessão.
Logo após a sessão há a formação de trombos superficiais nas veias tratadas, causando dor local. Os pacientes devem seguir as recomendações após o tratamento, mas pode levar uma vida normal.
Estamos à disposição para esclarecer suas dúvidas. Lembrando que cada paciente possui uma indicação diferenciada de tratamento.